"amarradão na torre dá pra ir pro mundo inteiro
e pra onde quer que eu vá no mundo
eu vejo a minha torre
e é só balançar
que a corda me leva de volta pra ela..."
e pra onde quer que eu vá no mundo
eu vejo a minha torre
e é só balançar
que a corda me leva de volta pra ela..."
Como é difícil falar com meu pai no msn. Ele demora meia hora para escrever uma frase, e eu não estou exagerando não. Meia hora. Eu já escrevi mil linhas, falei trocentos assuntos. E ele respondendo que tá tudo bem sim. Ai ai. Claro que é engraçadíssimo, além de um tantinho irritante.
E cá estou novamente, Maputo. Com internet que funciona. Porque em Beira a coisa é braba. Google talk simplesmente não funciona lá, esquece. Malemá funciona e-mail, num cai-não-cai sem fim.
Mas foi bom estar em Beira, muito bom.
Hoje a despedida foi um tanto estressante, uns contratempos, fiquei meio tensa. Aí tive ataques de paulistana no hotel e nos dois aeroportos. Porque aqui acontece tudo aquilo que em SP a gente acha inadimissível, motivo pra barraco. Como por exemplo, na hora de fazer check-out no hotel, o povo querer me cobrar, sem atentar-se pro fato que a empresa é que paga, faturado por uma agência. Que só assim eu pude fazer check-in, inclusive, porque tinha reserva feita pela empresa. E pensa que eles entendem? Não, insistem que eu tenho que pagar. Até eu ligar na empresa, e alguém ligar de volta, dar um pito. Mas óquei, isso é regra aqui e eu lido bem. Mas hoje eu estava bem paulistana. E quando chego em Maputo, aquela zona. Um esteira mínima para um milhão de malas, e as pessoas se amontoando, sem aquela mínima noção de como se comportar no caos (coisa que paulistano faz magistralmente). Então foi me enervando. Tem horas que simplesmente não dá pra lembrar que oh, aqui o referencial é outro. Tudo que eu queria eram as mil esteiras de Congonhas. Muito bem, aquele caos, aquela desorganização, eu vou saindo, uma senhora que controla a saída vira e diz: a senhora não está a ver que aqui tem fiscalização? não pode sair. E eu: não estou a ver. e vocês, não estão a ver que isso aqui está uma bagunça?
Claro que ela não entendeu nada. Aqui o referencial é outro.