29 de jan. de 2009

"Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau"

Estou ouvindo o CD Nem um ai, da Mônica Salmaso, e a música "Saudade dos aviões da panair" me chamou muitíssimo a atenção. Não apenas porque sou absolutamente apaixonada por essa música, e sim porque a interpretação da Mônica ficou primorosa. E vejam que Elis consagrou essa música com sua interpretação impecável, o que traz um contraponto bem interessante à versão gravada neste disco: tem a "cara" da Mônica Salmaso. Grande cantora.
Gosto muito dela cantando Joana Francesa também. E a música Esconjuros é linda, não conhecia.
E além de muita música boa na cabeça, há também muito muito, mas muito mais coisas na cabeça. Uma vontade de doutorado esse ano, vontade de uma viagem a trabalho, para o mesmo lugar que pode (e será) outro. Eu sentindo uma K. que é a mesma e que pode, quer, e vai se tornando outra, sem deixar de ser, ao contrário, vai se tornando outra porque na verdade é quem é.
E com isso as coisas aqui na cabeça não estão fáceis, mas bastante interessantes, quiçá animadoras.

22 de jan. de 2009

Acabo de assistir um especial com a Maysa na Cultura. Eu não conhecia quase nada sobre ela. Afora a versão dela para "Chão de estrelas" e o fato dela ter sido responsável pelo fim do noivado da Nara Leão, não sabia nada mesmo. Aí comecei a assistir a minissérie. E olha. Essa Maysa que vi hoje no especial é muito, mas muito mais interessante do que aquela mãe descuidada que aparece na minissérie. Mas ao menos acho que o fato da Globo mostrar a história dela fará com que pessoas tenham interesse por sua música. Que é linda, gostei muito da cantora Maysa. Adoro a intéprete que tem um quê de passional. E o Francisco tem razão: a versão dela para Ne me quitte pas é lindíssima.

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E que bom ter lembrado dessa história de retorno de saturno, ufa, tanta coisa passou a fazer sentido. E deixa minha analista ler isso, anos de trabalho e eu passo a entender tudo a partir do retorno de saturno.

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E um pouco atrasada, vou dizer uma coisa sobre Cesar eBattisti Para o governo de direita da Itália ele é um terrorista. Para o governo de esquerda (centro-esquerda, ou seja lá o que for) do Brasil, ele é um refugiado político. E isso siginifica o quê? Que a história não acabou coisa nenhuma, e ainda resta política na tecnocracia governamental. Considerá-lo terrorista ou refugiado é uma decisão política.

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Incrível como música bem cantada me faz ter vontade de vida, de viver mais, de viver melhor. Acho que preciso de doses cavalares.
"tá cansada, senta
se acredita, tenta
se tá frio, esquenta
se tá fora, entra
se pediu, aguenta"

Eu acredito em astrologia pelo simples fato de que muita, mas muita coisa que o astrólogo fala quando faço meu mapa anual, faz muito sentido. E ele bem que me avisou que essa história de prestar doutorado ia me infernizar um pouco.
Não pelo doutorado em si. E sim pelas expectativas em relação ao doutorado, sobre o caráter definitivo da coisa, etc. e tals. Porque eu estou num momento meio infernizante, de modo geral. Com uma auto crítica absurda, e uma necessidade de definir coisas na vida que enche um pouco o saco. Deve ser o tal retorno de saturno, me impondo uma vontade de certezas absolutas que cerceiam demais as coisas ao redor.
Por exemplo, o trabalho. Vira e mexe eu acho que não é o melhor pra mim. Que eu devia fazer outra coisa, ganhar mais, etc. etc. etc. E algumas coisas fazem muito sentido sim. Quero ganhar mais, fazer poupança, quero fazer coisas que eu gosto. Mas minha ansiedade e angústia vão para além disso. É como se eu precisasse definir, hoje, agora, já, tudo o que vai me acontecer nos próximos trinta anos. E digamos que não é bem assim, né?
Digo isso porque lembro perfeitamente do astrólogo me alertar em relação às expectativas que coloco em cima do doutorado. E percebo que isso me trava um pouco agora. Tenho sentido muito medo de errar, muita necessidade de certeza, de traçar planos, em todas as esferas. E incrível como perceber isso me permite entender bastante da ansiedade que tem caminhado comigo ultimamente. Tomara que, me dando conta disso, eu baixe um pouco a bola da auto-azucrinação (e por falar nisso, posso usar esse hífen?).

20 de jan. de 2009

E a novidade é que hoje caí na rua. Caí, isso mesmo, de bunda no chão. Escorreguei, combinação de sabão no chão e sandália que escorrega. E a observação merece nota: tenho vários calçados altamente perigosos.
Aí, graças aos céus o namorado sabia que nada melhor, nesses casos, do que procurar a massagista-que-coloca-tudo-no-lugar. E euzinha, que mal respirava, respirei aliviada. Tou meio impressionada até agora. Não fosse a dor dos muitos apertões que ela me deu, ninguém nem diria que tomei aquele tombo assassino hoje de manhã. Nada como o remédio certo na hora certa, né? Pois é.
E por falar nisso, acho que finalmente saquei qual é o remédio. Quer dizer. No fundo eu sei, faz tempo, eu sei daquele jeito que a gente sabe, mas não sabe, não quer saber, deixa pra lá. Acontece que tem coisas que escancaram tanto na nossa frente qual é o problema, que não há como não enxergar o remédio. Remexi fotos, me vi como eu quero, e sei como chegar lá. De modos que não há mais desculpas.

19 de jan. de 2009

"Sinto, Maria
Que estás de visita
Teu corpo se agita
Querendo dançar

Parte, Maria
Que estás toda nua
Que a lua te chama
Que estás tão mulher

Arde, Maria
Na chama da lua
Maria cigana
Maria maré"
De tanto a gente fingir que não é uma pessoa legal, especial, bonita e etc. e tals, as pessoas todas passam a acreditar no que a gente também acredita E eu não quero mais fingir que não sou uma porção de coisas boas, que eu sou, e muito. Por exemplo bonita, eu não quero mais fingir que não sou bonita. Também não quero mais fingir que não sou bastante inteligente. E otras cositas más. Não quero, vamos à verdade, ok? Sou bastante coisa boa e já é hora de me apropriar disso.
Uma forma de me apropriar das coisas é fazer o que eu quero simplesmente porque quero, sem ficar o tempo todo pensando se os outros vão achar isso ou aquilo, se estão incomodados, se reprovam, e seja o que for. Porque se as pessoas se incomodam elas falam, como falam quando gostam, e assim é a vida, bóra se comunicar, né? Que o que mata são esses diálogos que a gente só faz com a gente mesma e sai por aí achando que é a verdade mais absoluta. Estou bastante cansada dessas tantas prisões que criamos ou aceitamos, prontamente, sem pestanejar. Então de hoje em diante, as pessoas que me digam o que elas têm para me dizer, que da minha parte eu quero dizer também. O que eu acho, o que eu penso, o que eu sinto e o que eu quero. E pronto. E simples assim.
E esse fim de semana teve evento inédito: euzinha da silva que até pouco tempo não gostava de cachorros, dei banho na Frô, a cachorra fofa do namorado. Que eu adoro. E veja como a vida é inédita. Ontem mesmo eu tava dizendo a ele que me sinto mais aberta depois que o conheci. E o banho na Frô não é um exemplo disso? Um só de muitos, mas muitos outros exemplos.
Isso é daquelas coisas boas da vida: apaixonar-se por quem te ajudar a caminhar caminhos desconhecidos, surpreendentes. Acho que tenho sorte.

16 de jan. de 2009

Não tem uma vez nessa vida que eu faça as minhas unhas e não borre o esmalte, logo que saio da manicure, claro, para não ter tempo de pedir pra consertar. E nem sei se adiantaria pedir pra consertar porque eu estragaria tudo de novo.
E hoje o namorado deu ótima idéia: tentar arranjar umas aulinhas de sociologia, poucas que sejam, pra conciliar com o trabalho. Acho que eu adoraria dar umas poucas aulinhas, Oxalá me ouça e me ajude.
Porque dizem por aí que tá bem difícil pegar aulas, só apelando ao sobrenatural.
E hoje eu ouvi uma coisa bonita. Que eu não tenho nenhum problema para me preocupar. Que posso relaxar, descansar na vida como ela está hoje, que está tudo bem e que eu mereço isso. Eu só tenho que acreditar que mereço, acreditar bastante. Num é bonito? Eu achei.
Mas bonito mesmo é Nara Leão cantando "Fez bobagem".

15 de jan. de 2009


Voltar das férias é das coisas mais cruéis, meus deuses, eu só penso no mar de Barra Grande, que o namorado chamava de Ofurô gigante, ou seja, a delícia das delícias, água calminha calminha, azul, ô delícia. Até me fez entrar no mar à noite, coisa que eu nunca que tinha feito na vida. Já tou com saudade de lá, daquele mar azul delícia.
E além de não ter Ofurô gigante por aqui, tem uma série de obrigações. A coisa toda de me preparar pro doutorado, que vou prestar em setembro. Que inclui escrever o artigo da minha dissertação, coisa que não fiz até hoje. E estudar inglês, ai meu saquinho. Antes disso, tenho que tirar minha carteira de habilitação. Tenho que muitas coisas. Mas lembro que gostei de estudar pro mestrado, quem sabe estudar pro doutorado não me anima também.
Tava aqui ouvindo Bojan Z quartet, música que o namorado botou aqui no meu Itunes, e eu tinha gostado, daquelas coisas que a gente gosta, mas nada demais. E hoje ouvi e gostei muito. Como se tivesse descoberto. Como se não, descobri. Adoro mesmo isso, de descobrir músicas que passo a gostar muito.
Outra coisa que ando gostando muito é o CD Delicada, da Teresa Cristina. Coisa fina, viu? Vale a pena.
Agora Billie Holiday, um bocadinho só antes de dormir.

10 de jan. de 2009

"tomara meu deus, tomara
que tudo que nos amarra
só seja amor, malha rara
tomara, meu deus..."

De volta a Sampa, com algumas cositas a contar sobre a Bahia, o mar azul, mergulho, um monte de coisas gostosas. Confesso que dá pena voltar, queria descansar mais. Mas a gente sempre quer descansar mais. Eu pelo menos, sempre.
Agora mesmo, depois de barco, táxi, avião, táxi, casa da mãe e novela, eu, mortinha da silva, só penso em cama. Entonces volto logo, daqui a pouquinho. Boa noite. E um 2009 demais de bacana pra gente!