22 de jan. de 2009

"tá cansada, senta
se acredita, tenta
se tá frio, esquenta
se tá fora, entra
se pediu, aguenta"

Eu acredito em astrologia pelo simples fato de que muita, mas muita coisa que o astrólogo fala quando faço meu mapa anual, faz muito sentido. E ele bem que me avisou que essa história de prestar doutorado ia me infernizar um pouco.
Não pelo doutorado em si. E sim pelas expectativas em relação ao doutorado, sobre o caráter definitivo da coisa, etc. e tals. Porque eu estou num momento meio infernizante, de modo geral. Com uma auto crítica absurda, e uma necessidade de definir coisas na vida que enche um pouco o saco. Deve ser o tal retorno de saturno, me impondo uma vontade de certezas absolutas que cerceiam demais as coisas ao redor.
Por exemplo, o trabalho. Vira e mexe eu acho que não é o melhor pra mim. Que eu devia fazer outra coisa, ganhar mais, etc. etc. etc. E algumas coisas fazem muito sentido sim. Quero ganhar mais, fazer poupança, quero fazer coisas que eu gosto. Mas minha ansiedade e angústia vão para além disso. É como se eu precisasse definir, hoje, agora, já, tudo o que vai me acontecer nos próximos trinta anos. E digamos que não é bem assim, né?
Digo isso porque lembro perfeitamente do astrólogo me alertar em relação às expectativas que coloco em cima do doutorado. E percebo que isso me trava um pouco agora. Tenho sentido muito medo de errar, muita necessidade de certeza, de traçar planos, em todas as esferas. E incrível como perceber isso me permite entender bastante da ansiedade que tem caminhado comigo ultimamente. Tomara que, me dando conta disso, eu baixe um pouco a bola da auto-azucrinação (e por falar nisso, posso usar esse hífen?).

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