30 de jan. de 2011

Muito enjôo. Mas isso já era de se esperar. Se eu sempre enjoei de manhã, por nada, imagina grávida.
E aí que tenho descoberto aliados. Abacaxi, laranja e limão. E kiwi, esse em menor grau, mas também ajuda. No twitter, aprendi a tomar sumo de limão com pouquíssima água e sem açúcar. Adianta, mas nem sempre. Porque aí vem a segunda parte, que eu sempre achei que era lenda: grávidas têm repulsa e desejo no que se refere aos alimentos. Gente. É pura verdade. Quer dizer, tem grávidas que não sentem nada, minha prima não sentiu, minha sogra também não. Mas tem aquelas que comprovam as lendas. As tornam fato. Esta sou eu. Tenho repulsa e desejo por alimentos, assim, todo dia. Às vezes sumo de limão me causa repulsa. Às vezes, adoro.
Outra coisa que aprendi no twitter: gengibre é bom para enjôo. Perguntei se tomava um chá, não, não. Sinto o cheiro, ou coma. Balinhas também são bem vindas. E não é que dá certo? Cheiro de gengibre tem sido vida pra mim.
Ah, e o melhor: nunca na minha vida comi tão pouco. Bocadinho mesmo de comida, pouquinho, e já tô satisfeita. Como umas dez vezes por dias, mas só de bocadinho. Essa parte podia ficar sempre assim.

27 de jan. de 2011

se não nascesse gente,
se não nascesse gente,
como seria se não nascesse gente?
karnak

Pois é, tenho vindo pouco por aqui, mas quando apareço, sempre com grandes notícias. E de hoje vem com uma pergunta que aparece algumas estrofes depois na música que toca nesse post: será que vai ser menino, será que vai ser menina?
Enjôo, náusea, muito sono e quem sabe, muito assunto nesse blog daqui pra frente.

19 de dez. de 2010

Tanto tempo sem escrever porque, entre outras coisas, eu estava devendo o fim da série diário de viagem. Mas. Eu sou tão displicente com esse blog que, claro, não honrei a dívida. Nenhuma dívida, nem aquele blablablá de que eu voltaria a escrever com frequência, qual o quê.
Aí que nem contei que passei no doutorado, que faz tempo, e ainda tô feliz com isso. Não contei que vou à posse da Dilma, e antes, à Chapada dos Veadeiros. Não contei que marido e eu estamos com a carteira de habilitação vencida e nos demos conta tão em cima da hora que não poderemos alugar carro em Brasília e nossa, isso tá meio que sendo nosso drama atual.
E que eu cheguei a conclusão que férias em novembro é muito complicado, porque eu volto e é dezembro, quase natal, e meus deuses. Como é difícil voltar de fato. Enfim. Uma luta aqui pra pegar no tranco, mas já tô jogando a toalha, afinal, se o shopping tava vazio ontem, sendo dezembro, é porque o ano acabou mesmo. Não tem porque pegar no tranco agora, vamô combiná.

12 de nov. de 2010

Diario de Viagem III

04 a 07/11/2010: Firenze

Foram quatro dias nessa cidade magnífica que é Firenze, e eu poderia ter escrito logo, para não perder nada. Não o fiz e agora me escapam varias coisas; mas em suma, adorei muito a cidade, me senti muito bem na Itália (em alguns poucos momentos lembrei-me da querida Bela Vista, minha casa por quatro anos). Os monumentos todos, a catedral principal de Firenze, que fica na Praça do Duomo, e é a coisa mais magnífica que já no que se refere ao assunto catedral (também não vi muita coisa mundo afora, mas enfim marido já viu e conmpartilha). Majestosa, lindíssima, com um batistério igualmente magnífico. Impressiona mesmo.
E a comida... Olha. Paris é uma maravilha da culinária, como se sabe. Mas em Paris, muitas das vezes a comida é uma novidade. Se eu já conheço, já comi, na maioria das vezes não é trivial, não como em casa toda semana, etc. e tals. Já na Itália, a maioria das coisas que comi me são muito familiares. Eu cozinho ótimos risotos em casa, boas massas e bons molhos. Mas. Não faço o melhor risoto de funghi porcini que já comi na vida. Tampouco o melhor tagliatelle salteado na manteiga de um jeito tão primoroso que vou te contar, não empapa a massa nem um tiquinho que seja. Então, eu comi coisas maravilhosas na fonte, por assm dizer. E a fonte não me deixou nem um pouco desapontada, ao contrário. Comi risotos maravilhosos, lasanha incrível sem queijo (molho de carne apenas, maravilha mesmo), e o prato típico local, a bisteca alla fiorentina, que é até agora a melhor carne q já comi na vida. Então a cozinha italiana até aqui para mim foi isso: as coisas que já conhecia, que se transformaram nas melhores que já comi na vida. Não é pouco, hein?
E ainda teve os gelatos: de caqui, bacio e pistache, os melhores. Só a pizza achei estranha, a massa parecia um pão. Mas gostosa também, com deliciosos recheios, de um peperoni primoroso e funghi, mais funghi, como comi funghi nessa viagem. É época de funghi porcini.
Aí tem mais uma observação importante a fazer, e se refere ao Museu Uffizi. Esse museu me impressionou muito, pelo óbvio, se trata do maior acervo do renascimento existente no mundo. Mas aí temos o gancho interessante: onde mais poderia estar o maior museu renascentista do mundo que não no lugar onde tudo aconteceu? Mas quem freqüentou outros grandes museus mundo afora sabe que a coisa não é bem assim. O Louvre tem um acervo sobre Egito incrível, mas tá na França, né? Qual a relação com o Egito e etc. e tals. E a relação a gente já sabe, é sempre uma relação de dominação. Mas voltando à vaca fria, o que eu quero dizer é que adorei ver um Museu contando a sua própria história. O maior acervo renascentista do mundo está exatamente no Palácio dos Médicis, que bancaram aquela coisa toda. Firenze conta a si mesmo, e eu adorei estar ali, e ver as obras dos artistas "locais", e andar pelo palácio e saber que por ali passaram todos eles. Enfim. Um povo que tem o privilégio de se contar. Achei o máximo.


5 de nov. de 2010

Diario de viagem II

03.11.10

Onze horas depois de uma boa noite de sono, acordei achando que estava em casa, qual minha surpresa. Estava em Paris.
E jah que é assim, fomos tomar nosso café da manha em uma deliciosa boulangerie em Montparnasse, de nome Le Moulin de La Vierge. Nada menos que espetacular essa boulangerie, que tem a melhor torta de maça que jah comi na vida. Além de um delicioso pain aux chocolat, delicia das delicias. Marido morava no bairro e por isso conhece o lugar, que é uma boulangerie, mas agora tem uma mesinha em que se pode saborear as delicias do lugar. Uma senhora francesa entrou para comprar sua baguette e reparou: as xicaras que nos serviram eram raras de se encontrar atualmente em Paris. Chique minha gente. Muito chique.
Depois, as compras. Trouxe poucas roupas, porque me lembrava que quando vim à Paris era facil achar roupas no meu tamanho, que me serviam maravilhosamente, coisa impossivel no Brasil atualmente. Estou flertando com as lojas de tamanhos grandes, dado o padrao chines de modelagem brasileira. Pois muito bem, fui às compras.
Passeei por uma galeria em Montparnasse e comprei roupas boas e calças que pareciam ter sido costuradas sob medida. Agora pasmem: tudo isso na C&A. Vale a dica de que a C&A tem coisas boas, de qualidade e a preços honestos. Nao chega a ser baratinho, é preciso lembrar que estamos na Europa, mas ha boas pechinchas, especialmente quando se trata de la e cashmere. Comprei uma calça de la, por exemplo, bem mais barata do que encontraria no Brasil.
Dai que perdi a hora e tivemos que sair correndo, pois o trem para Firenze sairia em uma hora, ainda teriamos que almoçar, e ai na pressa o almoço nao foi muito glamuroso, comemos Kebab. Marido adora, eu ainda nao tenho uma opiniao formada. Aproveitamos para passar em outra boulangerie, comprar sanduiches de queijo gruyère e sair correndo pra fazer outra mala, depois correr para a estaçao de Bercy e de lah pegar o trem para Firenze.
Vale uma nota: o metro estava com problemas e tivemos que pegar um taxi para estaçao, que custou sete euros, ou quase vinte reais. Veja bem. Paga-se vinte reais num piscar de olhos no taxi em Sao Paulo. E com isso vai-se desconstruindo o mito de que Paris eh tao, tao, tao mais cara. Volto a isso logo mais.

p.s. faltam acentos no teclado italiano, como se pode peceber. mas tem è, à, ò e ù, tudo acentuado jah. queria saber como eles usam ;)

4 de nov. de 2010

Diário de viagem

A eleição da primeira mulher presidenta do Brasil merece um post que eu farei atrasada, quando voltar de viagem. Porque esta, a viagem, estava marcada para 01/11/10, e isso posto, aqui estou: Firenze. Mas comecemos do começo.

01.11.2010

Em São Paulo, uma correria sem fim, saímos de casa às cinco e meia, tendo que chegar ao aeroporto às sete, e quase perdemos o vôo, pois chegamos à sete e quarenta. A agradabilíssima Marginal Tietê se despedindo da gente e etc. e tals.

02.11.10

Chegamos à Zurich depois de uma viagem cansativa, em poltronas indecentes de tão minúsculas. Além disso, um indivíduo muito do mal educado na nossa frente, tornando a viagem bastante desagradável. Mas enfim chegamos a Zurich e de lá mais uma hora até Paris.

E Paris nos deu as boas vindas com suas lindas cores de outono, amarelas e alaranjadas. Do RER, o trem que liga o aeroporto Charles De Gaulle à Paris, vê-se as cités, que são as habitações na periferia de Paris. Do trem para o metrô, e nada de escadas rolantes, um sobe e desce de mala pra lá e pra cá, por fim chegamos à estação Corvissart, no bairro da Buttes aux Cailles, antigo quartel general da Comuna de Paris, bairro que estamos hospedados. Vale dizer que não teve escada que me inibisse de comprar o Le Monde que anunciava a primeira mulher presidenta do Brasil, com uma foto da festa da Paulista na capa.

Esse bairro é hoje um bairro de classe média boêmia, e com isso, um bairro de estudantes. Muitos restaurantes, algumas lojas, uma boulangerie bem pertinho do apartamento que estamos hospedados: estamos muito bem por aqui.

Marido saiu para comprar algo para comermos e algo para comer em Paris é sempre algo. E aqui vale o parênteses para quem ainda não sabe: marido morou em Paris durante 4 anos, o que faz com que a experiência de Paris para mim seja, alem de tudo, privilegiada. E assim eme trouxe baguete, patê de campagne, quichê louraine e um bourdeaux haute medoc para iniciarmos os trabalhos em Paris.

Resolvemos não dormir para entrar no fuso, então partimos para o Louvre, eu queria ver o Sena. Um ônibus em frente de casa e em poucos minutos estávamos na Rue de Rivoli, dali a pouco no Louvre, e logo depois em Saint Germain des Près, onde sentamos para um vinhozinho no café Les Deux Magots, um dos café onde iam Satre e Simone. Lembrei dela, como não?

Dali de volta para casa, para o sono dos justos. E dos sortudos, é claro ;

4 de out. de 2010


Eu estava muito otimista com a eleição da Dilma hoje, no primeiro turno. Era assim que eu queria: no primeiro turno, queria nossa festa hoje. Teremos que esperar um pouco mais.
Continuo, no entanto, acreditando na vitória da Dilma dia 31. E acredito nisso porque acredito na vitória de um projeto político que melhorou substancialmente a vida das brasileiras e brasileiros desse país.
Falo em projeto político, e insisto, especialmente quando ouço muitas pessoas dizerem que o PT e o PSDB são "a mesma coisa", e por isso, argumentam em favor de uma "terceira via". Existe, em parte dos eleitores de Marina Silva, a idéia de que o PT e o PSBD não diferem. E eu digo, afirmo, repito e argumento: o PT tem um projeto de país que foi colocado em prática nos 8 anos do governo Lula. Um projeto de política social, de política externa, de política econômica, um projeto de democracia participativa. Esse projeto difere, e muito, do projeto tucano. E é esse o ponto a ser explorado nesse segundo turno.
Sim, eu gostaria muito de eleger a primeira mulher presidenta da república do meu país hoje. Mas espero que o segundo turno seja o momento de expor as diferenças existentes entre os dois projetos de país que estão em jogo nessa eleição. Espero escrever sobre isso nos próximos dias, e não imediatamente, porque tem uma seleção de doutorado no meio do caminho. Mas conversemos, nesse segundo turno, sobre projetos de país. E nesse debate, tenho certeza: o projeto que Dilma Roussef representa é imbatível.