27 de nov. de 2008

Minha gente, que história é essa de piratas na Somália? Juro que achei que isso só existia em filme.

23 de nov. de 2008

"não se afobe não
que nada é pra já"

A novidade é que passei o feriado no Chile, com a amiga querida, companheira da alma, como gostamos de falar.
A viagem foi ótima, ótima, ótima. De uma forma que eu não poderia acreditar que seria, quando saí daqui. Conheci Santiago e Valparaíso. Comi comida chilena, empanadas e congrio, tomei pisco e ouvi argentino cantar. Senti sensação de liberdade que era o que me faltava, há tempos, mas especialmente nos últimos dias, quando às vezes eu sentia que ia sufocar. E descobri que tenho grande aptidão para o espanhol, adoro.
Aos poucos vou contando mais. Das nossas aventuras engraçadíssimas, porque com a T. nada pode ser menos que engraçado. Estou bem.

13 de nov. de 2008

"na volta, num duty free
comprei um bom bumerangue"
Itamar Assumpção

Voltei. Faz quase uma semana já. Mas ainda chegando.
A viagem de volta foi muito, mas muito cansativa. A ineficiência nos aeroportos moçambicanos é coisa de dar nos nervos da pessoa. E as dez horas no avião de Joanesburgo a São Paulo, durante o dia, é coisa de matar. Dias de dor no ombro como consequência. Mas. Chegar em Cumbica e encontrar o namorado esperando no desembarque: não tem preço.
Aí voltamos à vidinha, afazeres domésticos que não tem fim, lavar toda a roupa da viagem porque resolvi trazer sete máscaras que sujaram as roupas todas. Isso mesmo, sete. E a saga pra fazer caber tudo na mala, nem vou contar.
Então é isso. No mais, ando ouvindo "Pretobrás", do Itamar Assumpção repetidamente, e adorando muito. Acho tudo tão bacana, que me dá vontade de ter conhecido, tomado uma cerveja junto. Fico pensando na falta que ele faz pras pessoas que tiveram o prazer do convívio com pessoa tão especial. Que bom que ele existiu.

6 de nov. de 2008

Cá estou, me preparando para voltar para o Brasil. Terminando o trabalho, últimos ajustes. Diferentemente do que costuma acontecer, não estou desesperada pra terminar, não deixei tudo para a última hora. Ainda devo trabalhar um bocado hoje. Mas tudo dentro do programado, nem devo virar a madrugada. E diante disso, chove em Maputo, né?
A viagem vai terminando muito bem. Amanhã veremos o que acontece na minha apresentação final para as clientes. Mas não me parece que possa haver grandes problemas.
A viagem de volta está marcada para sábado, super super super cedo. Embarco às sete da manhã, tenho que chegar ao aeroporto às seis, aquela coisa toda de sono, né? E ainda tenho que estar acordada para falar inglês no aeroporto de Joanesburgo e fazer compras naquele duty free imenso. Ah, que vida dura.

5 de nov. de 2008


Hoje é um dia que eu gostaria de não ter que trabalhar. Para passar o dia inteiro na web e em frente à TV. Para ler tudo sobre esse dia histórico. A eleição de Obama me emociona e alegra, muito. Aqui em Maputo, muitas pessoas felizes e bastante identificadas com essa vitória. Que é a África adentrando a Casa Branca. Quero ler, inclusives, análises sobre os potenciais e limites desse novo governo. Mas, como quando Lula foi eleito, não há como negar: essa vitória tem valor simbólico muito importante, o mundo tem muitos motivos para comemorar.

2 de nov. de 2008


Vivendo no meu mundo paralelo, saio para jantar num restaurante aqui perto. Chegando lá, uma multidão reunida assiste à corrida de Fórmula 1. E só aos poucos vou descobrindo que é a corrida que vai definir o título. E que o Massa tem chance de ser campeão. Muito bem. Começo a torcer.
Acontece que o narrador falava um inglês que eu não entendia por nada nesse mundo. E consequentemente não entendia nada de nada. Todo mundo gritando, vibrando, e eu com cara de pateta, aflita pra saber se eu ficava feliz ou triste. Porque o Massa tava ganhando, mas não bastava. E era impossível entender o que precisava acontecer. Aí resolvi perguntar, muito bem, descobri que o Hamilton precisava ficar em sexto, no mínimo. Mas mesmo assim eu fiquei muito confusa, porque se fosse no Brasil era fácil, torcida feliz, Massa ganhou, torcida triste, perdeu. Mas aqui, quem disse? Metade xingava, metade vibrava, e eu com minha cara de pateta permaneci.
E hoje comprei mais uma máscara. Pechinchando horrores, porque o povo quer mesmo explorar o quanto pode. E eu digo que já comprei por menos e fico triste de saber que estou sendo explorada. A dramática. Eu poderia ter nascido no México, para quem não sabe. E assim consegui belo desconto, de três mil meticais a máscara saiu por mil e trezentos. Que equivale a uns cento e trinta reais, bem aproximadamente. Com esse sobe e desce do dólar só vou saber ao certo quando vir meu extrato bancário e descobrir qual é o câmbio, afinal de contas.

*foto: Jorge Amado numa livraria de Maputo

1 de nov. de 2008



Hoje o programa em Maputo foi bem legal. Almocei no mercado de peixe da cidade. Que é um lugar bacana, e mais popular. Não super popular, como se pode imaginar. Médio popular, ok? Na entrada ficam as barracas com mariscos e peixes frescos, e nos fundos, restaurantes onde o produto é preparado e servido. Essa parte me lembrou um lugar em Laranjeiras, no Rio. Esqueci o nome do lugar, que é tão bacana. Mas muito bem, comi camarões enormes, e baratos. Coisa bem boa.
Além disso, fui à "Feira do Pau", que é uma feira de artesanato famosa por aqui. O namorado havia encomendado máscaras, e eu descobri que lá é o lugar mais barato para comprá-las. Comprei quatro, a um preço bem bom mesmo. E são lindas, lindas, lindas. Uma delas é esta da foto aí em cima.
E eu tenho mais impressões para contar aqui, sobre Maputo. Mas minha tendinite resolveu dar o ar de sua graça hoje, e está me doendo um bocado. Entonces deixemos pra amanhã.