2 de nov. de 2008


Vivendo no meu mundo paralelo, saio para jantar num restaurante aqui perto. Chegando lá, uma multidão reunida assiste à corrida de Fórmula 1. E só aos poucos vou descobrindo que é a corrida que vai definir o título. E que o Massa tem chance de ser campeão. Muito bem. Começo a torcer.
Acontece que o narrador falava um inglês que eu não entendia por nada nesse mundo. E consequentemente não entendia nada de nada. Todo mundo gritando, vibrando, e eu com cara de pateta, aflita pra saber se eu ficava feliz ou triste. Porque o Massa tava ganhando, mas não bastava. E era impossível entender o que precisava acontecer. Aí resolvi perguntar, muito bem, descobri que o Hamilton precisava ficar em sexto, no mínimo. Mas mesmo assim eu fiquei muito confusa, porque se fosse no Brasil era fácil, torcida feliz, Massa ganhou, torcida triste, perdeu. Mas aqui, quem disse? Metade xingava, metade vibrava, e eu com minha cara de pateta permaneci.
E hoje comprei mais uma máscara. Pechinchando horrores, porque o povo quer mesmo explorar o quanto pode. E eu digo que já comprei por menos e fico triste de saber que estou sendo explorada. A dramática. Eu poderia ter nascido no México, para quem não sabe. E assim consegui belo desconto, de três mil meticais a máscara saiu por mil e trezentos. Que equivale a uns cento e trinta reais, bem aproximadamente. Com esse sobe e desce do dólar só vou saber ao certo quando vir meu extrato bancário e descobrir qual é o câmbio, afinal de contas.

*foto: Jorge Amado numa livraria de Maputo

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