1 de fev. de 2011

"beira do mar
lugar comum
começo do caminhar
pra beira de outro lugar"

Pensava eu nos últimos dias: esse sono que eu sinto é uma coisa absolutamente descomunal, não é possível que seja normal isso. E as mulheres que trabalham todos os dias, em escritórios, em lanchonetes, restaurantes, lojas, etc., etc., etc.? Como fazem, ficam dormindo pelos cantos?
Pois é, não sei como elas fazem ou fizeram. Aí penso nesse tempo maluco do mundo, que não condiz com o tempo natural das coisas. E me parece que, no caso da gravidez, o tempo natural se impõe de tal forma que fica realmente difícil não sucumbir e simplesmente dormir. Médica me disse pra dormir o quanto puder, porque estou produzindo o principal nos primeiros meses. E produzir gente realmente não é mole não. Mas de novo, como fazem as tantas e tantas mulheres que dão duro nesse Brasil?
Claro que nem todas devem sentir o mesmo que eu sinto. Cada pessoa reage de uma forma, sabe-se disso. Apesar de muitas e muitas mães me dizerem o mesmo, o sono era implacável nos primeiros meses - ao contrário do enjôo, que outras muitas me dizem não terem sentido nadica. Então que sono vem mesmo, e a indicação é dormir o quanto for possível. E eu passo a achar ainda melhor esse meu momento, em que trabalho em casa, posso fazer meus horários, dar quantas pausas precisar, correr pra minha caminha que fica tão pertinho do escritório.
Assim que soube da gravidez, pensei: podia ter esperado um pouquinho mais, engravidar no fim do ano, fazer todas as disciplinas do doutorado, me programar melhor, sei lá, que susto, mas já, como vou fazer agora, com tudo ao mesmo tempo?
Mas agora penso que veio exatamente na hora certa. Tempo de aproveitar esse começo, tempo mais calmo na vida, de menos trabalho, de correr com o casamento que de repente ficou simples de organizar, e tá quase pronto, e a gente mudou a lua de mel da Turquia pra Fernando de Noronha e estamos adorando. Enfim, tudo no seu tempo, no meu tempo, no tempo que tem pra se fazer as coisas e fico pensando, por fim, que esse se, que nos indaga, "e se fosse assim, ou assado?", esse se não existe. Então é hoje. E hoje, vou te dizer, o sono está indescritível. Vou ter que adiar um bocadinho o trabalho no meu projeto de doutorado.

3 comentários:

Anônimo disse...

menina, eu nao trabalhava na época, fazia cursinho `a noite... aí dormia até 10 da manhã, almoçava, dormia depois do almoço e ainda sentia sono na aula, dormia na carteira, ahahah. durma muito!!! bjs, surya

Nalu A*) disse...

Parabéns!!! Que legal saber q vc está grávida. Eu enjoei em uma só das gravidezes. Mas repulsa tinha muita, por comidas e cheiros. E o sono do começo é algo descomunal mesmo. Eu tenho muita simpatia e cuidados com grávidas, pq realmente é o corpo fazendo um esforço muito grande. Eu acho q o sono passa depois do primeiro trimestre. Abraços e muita felicidade aí para vocês.

kellen disse...

brigada, querida :)
espero mesmo que o sono passe, porque eu já sou muito dorminhoca normalmente!hehe
beijos!