5 de mai. de 2009

Rubens Gerchman

E então eu peguei minha carteira de habilitação, faz uma semana e pouco, bem pouquinho, na verdade foi o namorado que pegou a bendita no sábado passado.
Desde então, temos saído de carro, pequenas idas e vindas pela pacata Granja Viana. Sábado já fui à manicure sozinha, domingo ao mercado. E estou simplesmente adorando a vida sobre quatro rodas.
Muito porque a história toda de dirigir está cercada de aspectos simbólicos para a minha pessoa. Não é à toa que só fui tirar a bendita carteira com quase trinta anos. Acho que passei muito tempo achando que dirigir não era para mim, que não ia fazer isso nesta existência. E ultrapassar esses bloqueios, se é que podemos chamar assim, é coisa muito bacana, é simbólica, e eu estou adorando.
É preciso dizer também que é simbólico o apoio que o namorado me dá nessa empreitada. Tirei a habilitação em Cotia, sob estímulo total dele. Tenho dirigido o carro dele. Que é um carro enorme, minha gente. Confesso que tinha medo daquele carro. Mas desde sempre o namorado me dizia que eu conseguiria dirigí-lo, não tinha drama, etc. etc. E não é que eu consigo? E ele sai comigo, me diz mil vezes que todas aquelas barbeiragens que eu faço são comuns, que daqui a pouco eu acostumo, que eu posso usar o carro dele sim. É bem bom mesmo.
Aí eu começo a pensar em comprar um carro. Talvez seja outra coisa simbólica e importante a fazer. Mas para isso precisa de dinheiro, e aí sempre são outros quinhentos.

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